sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Bombachudos: estamos no Século 21

Reproduzo aqui o e-mail que recebi das entidades que organizam hoje um protesto contra a crueldade praticada contra os cavalos na chamada Cavalgada do Mar. Apoio, assino embaixo.
Todo mundo lá, às 17h, na frente do Palácio Piratini, hoje, sexta-feira.

Mais uma vez nos cabe denunciar os abusos da exploração animal em relação aos cavalos deste Rio Grande do Sul. Neste momento, centenas de animais estão sendo obrigados a trajeto cansativo, sob forte calor, submetidos a montadores despreparados, em uma marcha insana e com propósito fútil, a chamada Cavalgada do Mar.

Tais cavaleiros não sabem ou fingem ignorar a fragilidade dos cavalos?

Não bastam os carroceiros, também os "tradicionalistas" de forma insensível e exibicionista não se importam de expor os cavalos a um estresse desnecessário e fatal (fontes "extra oficiais" informam que não dois, mas seis cavalos já morreram… e, pela declaração do veterinário que acompanha a cavalgada, ontem havia mais dez animais em tratamento… )

O dito companheiro do gaúcho, um dos símbolos do pago, está sendo vilipendiado não apenas por carroceiros pobres, movidos pela necessidade de sustento, agora também por tradicionalistas de fim de semana que exploram até a morte seus animais.

A única finalidade parece ser ocupar espaços na mídia e servir de palco para promoções pessoais e de candidatos a cargos eleitorais.

As leis de proteção aos animais não devem ser utilizadas apenas contra os carroceiros. É preciso que essa cavalgada tenha fim imediatamente, poupando os cavalos de mais sofrimento e morte. É preciso que denunciemos ao país tamanha crueldade e também que se diga ao Brasil que nem todo o rio-grandense comunga destas idéias tradicionalistas sem sentido. Ser gaúcho é tão somente ter nascido dentro das fronteiras deste estado, e isso não faz de ninguém melhor ou pior do que qualquer outro ser humano.

Esses fatos lamentáveis demonstram a superficialidade do discurso ufanista de gaúcho, pampa, cavalo, pilcha, negrinho do pastoreio, chimarrão, churrasco, prenda e peão. Discurso vazio, ufanismo barato, bairrismo apequenado, desrespeito e falta de ética. Não assistiremos calados à morte e sofrimento dos animais. Enquanto o coordenador da cavalgada exibe-se na mídia dizendo que "vai marcar a beira da praia com a pata do cavalo", nós não deixaremos que siga marcando o chão deste Estado com o sangue dos cavalos.

MGDA - Movimento Gaúcho de Defesa Animal – entidades filiadas

ACAPA – Associação Carazinhense de Proteção aos Animais, Carazinho;

Amigo Bicho & Companhia – Grupo de Conscientização da Vida Animal Rio Grande;

Amigos, Associação de Proteção e Defesa da Vida Animal – Gravataí;

AMOGA – Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais – Montenegro;

APATA Associação Protetora de Animais de Taquara;

APROCAN – Associação Protetora dos Animais de Canoas;

ASPA - Associação Santanense de Proteção aos Animais – Santana do Livramento

Associação Camarense de Proteção aos Animais – General Câmara;

Associação Gaúcha de Proteção aos Animais- Charqueadas;

Associação Jeronimense de Proteção aos Animais - São Jerônimo;

SOS Animais – Associação Pelotense de Cidadania – Pelotas

ATPA – Associação Torrense de Proteção aos Animais – Torres;

Clube Amigo dos Animais, Santa Maria;

Gatos e Amigos - Porto Alegre;

NBPASFA – Núcleo Bageense de Proteção aos Animais São Francisco de Assis – Bagé

ONDA. Organização Nacional de Defesa Animal - Cachoeirinha;

REDIA – Rede de Educação Estadual dos Direitos dos Animais e do Meio Ambiente, Porto Alegre;

SOAMA. Sociedade Amigos dos Animais - Caxias do Sul;

S.O.S ANIMAIS – Viamão

União Santa Mariense Protetora dos Animais, Santa Maria;

UPV – União Pela Vida – Porto Alegre

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

É o reino da incompetência

Pelamordedeus!
É muito descuido. Um grupo de pessoas consegue acertar os números difíceis da Mega-Sena e não leva a grana porque a funcionária da lotérica não registrou o jogo - esqueceu as apostas do bolão (do qual participava o seu próprio pai) debaixo da gaveta. Dá até para desconfiar de falcatrua da grossa diante de tamanha falta de responsabilidade, de tamanho descuido - ou abobação mesmo. Imagina tu conseguires o que milhões de pessoas sonharam, imagina os planos feitos durante aquelas poucas horas em que os integrantes do bolão se sentiram milionários. Agora, imagina o tamanho da frustração dessas pessoas.

Vamos aceitar a versão de que foi a moça que esqueceu de registrar o jogo.

É a imagem do descuido com que muita coisa é tratada no Brasil. São os call centers que, em vez de facilitarem a vida de quem escolheu aquele produto/marca/serviço, atendem mal, não resolvem os problemas, estressam os clientes. É a cidade entregue aos ratos e baratas, apesar dos altos impostos. São as ruas virando rios, porque as pessoas jogam sofás no Arroio Dilúvio. São os acidentes mortais, que poderiam ser evitados se todos dirigissem com cuidado. São os homens que maltratam, estupram e matam mulheres. São crianças que morrem assassinadas por mães drogadas. São os políticos, que depois de tanto dinheiro escondido na cueca, de tanta pizza e impunidade, viraram objeto de piada, tristes comediantes de um circo falido que é o Congresso Nacional.

Esta semana, um bebê morreu na hora de nascer, porque dois médicos trocaram socos na sala de parto pela primazia de realizar o procedimento.

Agora à noite, em Cuba, o presidente Lula perdeu a chance de fazer um chamado em defesa dos Direitos Humanos ao "comandante".

Eu acreditei no sonho da geração Aquarius.
Eu enfrentei a polícia de choque durante a ditadura e sei o gosto do gás lacrimogêneo.
Eu até achei que um novo mundo era possível.

Sinto na garganta um gosto que não consigo definir.
Mas, tem a ver com indignação e impotência.



quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

NUMAS QUE BAH!!!!

Oi!
Troquei o nome do meu blog para esta expressão que eu e meus colegas do tempo do Movimento Estudantil usávamos muito. Quando a tua indignação era grande e tu não tinhas nem como expressar o quão puto da cara tu estavas, tu dizias: "Tô numas que bah!!!" Quando algum amigo intelectualóide te fazia uma daquelas perguntas enjoadas ou o companheiro louco te desenvolvia uma super-teoria de conspiração, a única resposta possível era: "Tô numas que bah". Hoje em dia, tenho usado muito a expressão de novo. Eu "tô numas que bah" com muitas coisas neste mundo. Tô numas que bah para a loucura que tomou conta dos homens em sua relação com as mulheres. Tô numas que bah para a violência que atinge as crianças. Tô numas que bah para os políticos e suas roupas debaixo recheadas de dinheiro sujo. Tô numas que bah para a bagaceirada que toma conta da mídia, das mulheres moranguinho, melancia, bergamota pocan, do boquete debaixo do edredon em rede nacional. Tô numas que bah para o BBB. Tô numas que bah para os chatos que odeiam o BBB. Enfim, assunto é que não falta.
De repente eu volto.